Antes Que o Dia Termine.


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domingo, 15 de dezembro de 2013

Felicidade. Que bicho é esse?

Uma médica que se tornou amiga - caso raro na relação médico-paciente - decidiu parar de fazer "consultório". Indagada por mim sobre os motivos da notícia tão triste, alegou que não aguentava mais correr atrás da felicidade. - Como assim? Não é o que todos fazemos sem descanso, desde o dia em que nos reconhecemos como "gente"? - É. - Disse ela. - Mas, confesso que já estou cansada. Sou médica e por isso posso ter 02 empregos fixos, 02 plantões e atender no consultório 03 vezes por semana, das 13h às 22h. Meu objetivo era comprar um apartamento. Mas, agora já penso em comprar outro, ainda maior e melhor. Troquei de carro. Porém, tenho que comprar outro, Dessa vez, um importado. - Ué? Mas não é assim que vive a humanidade? Não é para isso que trabalhamos, incansavelmente? Queremos ter o melhor do melhor. Está no topo. Desfrutar das melhores coisas que o dinheiro possa oferecer. Se não temos condições de ir além, vivemos para isso todos os dias de nossas vidas. Queremos, queremos e queremos. E no caminho, nos perdemos. Deixamos de ser, para ter. Minha amiga cansou. Enxergou que estava deixando de viver momentos preciosos ao lado dos filhos, do companheiro, da família, dos amigos. Não queria mais fazer parte do circulo vicioso dos que estão em busca de acumular riquezas pra depois morrer sem ter vivido o que a vida tem de melhor. Ter é bom. Muito bom. Mas, é melhor acumular bens que não podem ser roubados, destruídos, aniquilados ou deixados para ser objeto de briga herdeiros, após a morte. Há uma escolha melhor, embora não seja fácil e é pouco comum de se fazer. Mas há uma escolha. Ser feliz é isso mesmo. SER. Ser amável, ser autêntico, ser honesto, ser bom. Ser agradável aos olhos de Deus. Ser um anjo multiplicador. Ser o que queremos que o outro seja para nós. E isso não tem preço. Não se compra, mas se conquista, se aprende, se descobri. Onde? Dentro de nós mesmos.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Antes que o dia termine!

Ok. Resolvi voltar a escrever, porque é o que mais gosto de fazer. Escrever me dá asas! E o ano está terminando... então é época de fazer um balanço da vida que passou e não voltará mais. Eu não gosto muito do final do ano, porque baixa uma depressão absurda. A energia parece que vai embora. Começo a me refugiar nos livros e no sono. Tédio! Tédio! Tédio!
Vou ficando quietinha, quietinha. Não falo muito, fico na minha, pensando, pensando... Como vou resolver tantos e tantos problemas que se arrastam ao longo de anos a fio, sem que eu tenha como resolvê-los, definitivamente? Fico chateada e acho que muita gente que liga para a própria vida, também fica.














É como se a expectativa fosse de que, ao findar o ano, aqueles problemas sumissem! Mas, a vida não é 12 meses! A vida é contínua. Cabe a nós administrá-la da melhor maneira possível. Não podemos deixar que ela nos escape, só porque não conseguimos resolver as pendências que nós mesmos trouxemos à existência.

Cada um colhe o que planta. Precisamos ter clareza do que somos, enquanto pessoas e não nos deixar cair em situações que nos tornarão escravos da infelicidade. Ser feliz não depende do outro ou do saldo da conta bancária. Ser feliz depende de como vivemos a nossa vida e se a vivemos para sermos uma benção na vida dos outros. Não podemos ser contaminados pela tristeza de problemas cotidianos e deixar de ser um instrumento de felicidade, paz e amor para quem está ao nosso redor. Se as nossas expectativas não podem ser atendidas, devemos continuar a semeadura do bem. Não importa o que aconteça: um sorriso, um abraço, uma palavra de estímulo, responder uma mensagem, retornar uma ligação... não custa nada, nadinha mesmo e pode fazer diferença na vida de alguém que conta com você.
Então, antes que o dia termine, quero parar para refletir sobre o dom da vida e todas as possibilidades que ela oferece. Antes que o dia termine, que eu deixe tudo, tudinho de lado e agradeça a Deus pelo que tenho, pela saudade,  pela capacidade de sorrir em meio às lágrimas, pela certeza de que a vida, amanhã, será muito melhor do que hoje, sempre!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

(IM)PERFEITA PARA VOCÊ











"Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Baby, eu adoro torrada queimada.

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Companheiro, sua mãe teve hoje, um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro! O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, e com amigos. Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.
Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as acolheu e valorizou.
"

Não sei quem é o autor do texto acima, mas o considero uma maravilhosa reflexão para a nossa vida, nossos relacionamentos e nossa capacidade de enxergar o outro "apesar de".


"Não se pede carinho, nem amor, nem atenção, nem tempo a ninguém. Se as pessoas gostarem mesmo de nós, acabam por nos dar tudo." (Margarida Rebelo Pinto, in Pessoas como Nós).