Antes Que o Dia Termine.


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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Só Quero o Essencial. Viver!

O final do ano é de enlouquecer. Pelo menos para mim. Parece que tudo tem que ser resolvido até o dia 31.12. Senão, o mundo acaba! Dificilmente, consigo desfrutar dessa época, tão mágica e que desperta em nós os melhores sentimentos. Perdoar, fica maís fácil. Doar é muito mais fácil. Todos procuram ser melhores do que foram de janeiro a novembro. Bom. É melhor do que nada! Gosto de pensar que dezembro é um mês para refletir sobre o que passou nos meses anteriores. Fazer um balanço da vida - que não volta mais. Tempo passado é tempo que nunca mais será vivido, de novo. Olhar para o mundo é rever que tipo de vida levamos. O que somos para o outro e o que o outro é para a gente. Como estamos encarando os problemas. Como estamos cuidando do nosso corpo. Do que falamos. O que pensamos. Com o que estamos alimentando o nosso espírito. Dizemos que a vida é um dom, mas não paramos, nem um momento, para agradecer por ela. Respirar, pensar, ler, sorrir, tomar uma xícara de café com um pedaço de panetone, olhar o por do sol, abraçar um amigo ou amiga queridos, partilhar uma conversa gostosa com pessoas que vemos de vez em quando, ou contar as novidades aqueles amigos que vemos, diariamente, mas que é um prazer bater papo, jogar conversa fora, rir e chorar das venturas e desventuras do dia a dia. Acho que a idade permite que se faça esse balanço! Graças a Deus! Que todos os anos, em dezembro, possamos parar e pensar: preciso de um novo plano para a minha vida. Vou precisar fazer ajustes, deixar as mágoas para trás, fazer uma faxina no coração, diminuir a bagagem. Só quero o essencial. Viver. Porque é muito bom!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A vida cotidiana está mais para Nelson Rodrigues do que Rubens Alves. Infelizmente!

Às vezes a gente tem uma ideia erradas das pessoas. Olhamos para alguém e deduzimos que ela não tem problema algum. Vive num mar de flores. Num paraíso. Tempos atrás, conheci uma pessoa super educada, fina, com aquele jeito de gente rica - que eu nunca, nunca terei, pois tenho cara de pobre, mesmo! - e, de cara, pensai cá com meus botões:
- Essa daí é daquelas que chegam em casa, depois de um dia de trabalho, toma um banho, e fica na sala de estar, bebericando um drink delicioso, como um martine ou uma taça de vinho branco. Sem nada com que se preocupar!
A convivência confirmou que eu estava certa, no que dizia respeito à fineza da amiga. Redondamente enganada, porém, quanto ao estilo de vida supostamente despreocupado que eu, na minha tola ignorância, supunha!
De tantos problemas compartilhados e outros tantos que viriam ao longo dos anos, a minha amiga pirou na batatinha, como diz a minha filhota caçula.
Lição aprendida e apreendida: cada um de nós esconde uma dura realidade. Nos bastidores, sofremos, choramos, surtamos, nos enganamos, gastamos mais do que recebemos, morremos de cansaço, enfrentamos doenças nossas e alheias, lidamos com frustrações, frustamos os outros...
A vida cotidiana está mais para Nelson Rodrigues do que Rubens Alves. Infelizmente!
No início do ano, uma das minhas filhas estava com um sério problema de saúde. Quem é muito próximo sabe o quanto chorei e clamei por ela. Como todo ser humano, é difícil lidar com a impotência, pois eu nada podia fazer para ajudá-la.
Sempre acreditando que Deus revela os seus anjos, extrair o grãozinho de fé, guardado lá no fundo do coração, para aqueles momentos quando a barra pesa - e estava pesada - tirei a máscara e revelei os bastidores da vida meio Nelson Rodrigues meio Rubens Alves. Só isso. Os Anjos que Deus enviou fizeram o resto. Hoje, foi o dia da avaliação. O Anjo foi claro, clarividente:
- Ela não poderia estar melhor! Amém!
Amanhã, o outro Anjo receberá as notícias e os agradecimentos, eternos!
Ao meu Deus, a honra. Pois Ele é.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Antes que o dia termine!

Ok. Resolvi voltar a escrever, porque é o que mais gosto de fazer. Escrever me dá asas! E o ano está terminando... então é época de fazer um balanço da vida que passou e não voltará mais. Eu não gosto muito do final do ano, porque baixa uma depressão absurda. A energia parece que vai embora. Começo a me refugiar nos livros e no sono. Tédio! Tédio! Tédio!
Vou ficando quietinha, quietinha. Não falo muito, fico na minha, pensando, pensando... Como vou resolver tantos e tantos problemas que se arrastam ao longo de anos a fio, sem que eu tenha como resolvê-los, definitivamente? Fico chateada e acho que muita gente que liga para a própria vida, também fica.














É como se a expectativa fosse de que, ao findar o ano, aqueles problemas sumissem! Mas, a vida não é 12 meses! A vida é contínua. Cabe a nós administrá-la da melhor maneira possível. Não podemos deixar que ela nos escape, só porque não conseguimos resolver as pendências que nós mesmos trouxemos à existência.

Cada um colhe o que planta. Precisamos ter clareza do que somos, enquanto pessoas e não nos deixar cair em situações que nos tornarão escravos da infelicidade. Ser feliz não depende do outro ou do saldo da conta bancária. Ser feliz depende de como vivemos a nossa vida e se a vivemos para sermos uma benção na vida dos outros. Não podemos ser contaminados pela tristeza de problemas cotidianos e deixar de ser um instrumento de felicidade, paz e amor para quem está ao nosso redor. Se as nossas expectativas não podem ser atendidas, devemos continuar a semeadura do bem. Não importa o que aconteça: um sorriso, um abraço, uma palavra de estímulo, responder uma mensagem, retornar uma ligação... não custa nada, nadinha mesmo e pode fazer diferença na vida de alguém que conta com você.
Então, antes que o dia termine, quero parar para refletir sobre o dom da vida e todas as possibilidades que ela oferece. Antes que o dia termine, que eu deixe tudo, tudinho de lado e agradeça a Deus pelo que tenho, pela saudade,  pela capacidade de sorrir em meio às lágrimas, pela certeza de que a vida, amanhã, será muito melhor do que hoje, sempre!

domingo, 18 de março de 2012

Eu tenho um problema. E você?

"Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou...." Taí uma verdade, digamos, verdadeira! Todos os dias, quando acordo pergunto a mim mesma como será o meu dia. Se terei forças para enfrentar as dificuldades, os problemas velhos e novos, as desilusões, a rotina de um cotidiano cansativo, repleto de altos e baixos.

Às vezes, parece que vivemos mais desventuras do que aventuras. Quando somos crianças, queremos crescer logo para poder curtir a vida, ser independente, viajar, sair com os amigos, festar muito. Depois, casar com alguém parecido com um príncipe encantado, manter uma casa perfeitamente arrumada, passar as tardes de sábado fazendo tortas e compotas saborosas, filhos educados e bonzinhos que vão dormir na hora em que mandamos (ah, não esqueça o sucesso no trabalho!). Ai, que maravilha! Ai, que ilusão.

A vida real não é exatamente assim. A verdade é que não sabemos o vai acontecer. Os planos nem sempre dão certo. Por isso, ficamos tão felizes quando algo está indo bem. Felizes e amedrontados. Temos medo de que algo aconteça e tenhamos que enfrentar dor, sofrimento, gastar aquela poupança amealhada com tanto sacrifício. Vender alguma coisa que passamos anos e anos para comprar.

E quando temos dinheiro de sobra, escondemos debaixo da maquiagem bem feita e das roupas de grife, a solidão, a hipocrisia, as dependências, os vícios e a tragédia da impunidade. Vida vazia, filhos sem limites, tudo tem um valor monetário, até o amor verdadeiro, parafraseando Nelson Rodrigues.

Somos todos carentes e, na maior parte do tempo, infelizes. E, sabe de uma coisa? É bom que seja assim mesmo. Todos os dias, não importa o que vamos enfrentar, é uma oportunidade de olharmos para dentro de nós mesmos e seguir em frente. Eu tenho alguns problemas para resolver... e daí? O sol continuará brilhando e a vida será sempre, como ela é.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Jornada...

Quando pensamos em uma jornada, de súbito nos vem a mente um longo espaço de tempo ou um imenso caminho a trilhar, cheio de perigos, problemas emaranhados, confusão e, por fim, um belo final feliz, recheado com um rico aprendizado.
Sempre tive horror a ter que enfrentar uma jornada, durante a minha vida. Mas, a própria vida é uma jornada cheia de aventuras. Da hora em que nascemos até o final da nossa existência, muitas serão as jornadas que devemos enfrentar e ser feliz é, basicamente, saber viver durante os interlúdios.
Decidi que, hoje, está oficialmente iniciada uma nova jornada em minha vida. Não quero passar anos e anos sem saber o que mudou durante a minha existência. Quero "enxergar-me". Ver o que aconteceu dia a dia, mês a mês. Como estarei daqui a um ano? Terei coragem para enfrentar os desafios de uma nova via pela qual optei? Saberei lidar com tanto trabalho a fazer e vários compromissos a cumprir? Direi os "nãos" que deve dizer? O que vou ter coragem de mudar, de deixar para trás e o quanto em frente eu vou seguir?
Por isso, a partir de hoje, vou registrar os acontecimentos marcantes do meu dia e tentar, por 365 dias, avaliar a minha capacidade de seguir em frente.
A minha Jornada começa agora.

terça-feira, 18 de maio de 2010

De repente 40!!!!!!

Há filmes que gosto de assistir várias vezes. Por exemplo, no filme "De repente 30", Jenna Rink (Christa B. Allen) é uma garota que está descontente com sua própria idade, não é popular na escolar, seus pais ficam sempre no seu pé e o garoto por quem está apaixonada nem sabe que ela existe. No seu 13º aniversário, Jenna foi trancada em um armário e completamente esquecida pelos demais presentes na festa. Triste, faz um pedido: virar adulta de repente, para ter a vida com que sempre sonhou. O pedido se torna realidade e, no dia seguinte, Jenna (Jennifer Garner) desperta com 30 anos. Depois de muita confunsão, ela percebe que, embora tenha tudo que sempre sonhou, não é feliz, está distante dos pais, seu melhor amigo (por quem se apaixonou) está preste a se casar, não tem amigos de verdade etc.



Como é uma ficção, Jenna volta atrás e muda a sua história!
É claro que não vou contar o resto do filme, não é?


Queremos uma vida perfeita! Mas será a perfeição um elemento humano? Há infinitas variáveis e tudo é tão circunstancial na trajetória humana...! Existe tanto e tantas coisas para serem feitas que, às vezes, a gente cansa: temos que estudar, ser bem sucedidos, casar e ter filhos, e os filhos tem que ser educados e tem que estudar, ser bem sucedidos e casar e ter filhos. Nos intervalos, temos que fazer exercícios, ser solidários, cuidar da saúde, preservar o meio ambiente, escolher uma boa alimentação, controlar os gastos e o consumismo, entender de tecnologia, política, arte, cultura, literatura, cultivar amigos, parentes e aderentes, viajar. E isso é só o básico!!!!!!

A um tempo atrás, eu costumava dizer para Deus: "Senhor, o que é isso? Estamos numa armadilha! Viver está me matando!!!!!!


Bom, já passei dos 30 e estou chegando aos 40! Mas, na vida real não podemos voltar atrás e mudar o passado. Consertar os erros cometidos, as "mancadas", as palavras pronunciadas, as decisões tomadas, os caminhos trilhados... Não é tarefa das mais fáceis! Reescrever a história das nossas vidas é tarefa divina, sobrenatural! Porém, Deus escreve a partir do ponto em que o aceitamos como autor da nossa história.



Com o passar do tempo, aprendir uma lição preciosa, sábia e proferida a 2010 anos atrás: viva cada dia, um de cada vez, não se preocupe tanto com o futuro. Você não pode consertar ou controlar os fatos, as pessoas e as circunstâncias relacionados com a sua vida! Apenas administre! Faça o que for possível, mas sem drama, sofrimento e desespero. Busque a serenidade, o equilíbrio, a paz espiritual.


Estabeleça metas e defina prioridades, mas não se sinta um fracasso se não conseguir atingi-las. Não carregue TODAS AS CULPAS (por falar em culpas, sabia que existem, pelo menos, 5 tipos: depressiva, insconsciente, persecutória, delirante e consciente?). A culpa tem uma função importante na nossa vida, mas temos que evitar excessos. Aliás, tudo em excesso prejudica, enjoa e só faz mal! *


Por isso, Deus fez tudo perfeito na natureza! O dia dura, exatamente, o tempo certo para uma pausa, quando temos que parar, dormir, sonhar e acordar renovados pelo sopro da vida, mas uma vez!



* Fonte: Revista Isto é nº 2112, Ano 34, 5/Maio/2010, p. 78-83

sábado, 17 de abril de 2010

Pipoca ou Piruá?






Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança uma situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou a saúde. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação, também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mema, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. E, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!´

E ela aparece como um outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, recusam-se a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A pressunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira, não servirão para o plantio nem vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva; não vão dar alegria para ninguém.

PS 1: Muitas vezes, pensamos como se fôssemos a última pipoca da panela, mas agimos como piruá! Em Romanos, Cap. 12, Paulo exorta-nos a termos uma atitude de flexibilidade mental. O Senhor faz tudo novo, se tivermos a coragem de sair da "caixa" que construímos para nós e perceber a presença dinâmica de Deus no mundo, e mais do que isso, ser parceiros dEle.

PS 2: Transformar as nossas vidas e a nós mesmos não é uma questão de idade, mas de vontade. Passar pelo fogo, ser pipoca e BUM! Piruá não alimenta, não reproduz, é material descartável. Que nossa vocação seja ser pipoca. Se ainda não somos, temos a fantástica possibilidade de mudar e ser melhores a cada dia.
(Adaptado - Extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubens Alves)