Antes Que o Dia Termine.


sábado, 17 de abril de 2010

Pipoca ou Piruá?






Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança uma situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou a saúde. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação, também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mema, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. E, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!´

E ela aparece como um outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, recusam-se a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A pressunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira, não servirão para o plantio nem vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva; não vão dar alegria para ninguém.

PS 1: Muitas vezes, pensamos como se fôssemos a última pipoca da panela, mas agimos como piruá! Em Romanos, Cap. 12, Paulo exorta-nos a termos uma atitude de flexibilidade mental. O Senhor faz tudo novo, se tivermos a coragem de sair da "caixa" que construímos para nós e perceber a presença dinâmica de Deus no mundo, e mais do que isso, ser parceiros dEle.

PS 2: Transformar as nossas vidas e a nós mesmos não é uma questão de idade, mas de vontade. Passar pelo fogo, ser pipoca e BUM! Piruá não alimenta, não reproduz, é material descartável. Que nossa vocação seja ser pipoca. Se ainda não somos, temos a fantástica possibilidade de mudar e ser melhores a cada dia.
(Adaptado - Extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubens Alves)

3 comentários:

Angela Vauthier disse...

Oi Nalva

Bem-vinda ao mundo dos blogueiros rsrs
Gostei do texto, e confesso que mesmo sendo o milho que não servo, adoro comer os piruás que ficam na panela kkkkkkkkkkkkkkk

Mas agora falando sério sobre o texto, é verdade, se não passarmos pelo fogo não podemos ser aprovados. E o melhor é que temos a certeza que quando estamos passando pelo fogo o Senhor está passando junto com a gente.

Beijos!

Nalva Mesquita disse...

Vau,

Pois é, eu também adoro o tal do piruá!
Agora, não quero ser piruá, não! kkkkkk
Passar pelo fogo e aceitar as mudanças é um privilégio, principalmente, porque é quando mais sentimos a presença de Deus em nossas vidas.
Obrigada pelo seu carinho!

Beijos!

Carlos Vieira disse...

Olá Nalva, estou seguindo o seu blog...
Veja esses textos que fiz e divulguei no meu blog:
http://carmarvieira.blogspot.com/2009/09/carta-de-um-ateu-cristao_19.html

http://carmarvieira.blogspot.com/2009/07/nem-o-melhor-nem-o-pior-ele-e.html

Um abração,
Carlos Vieira